Um dos grandes problemas encontrados nos sistemas de ar e arrefecimento dos motores à combustão interna são as denominadas corrosões. Quase sempre estão associadas a exposição do metal a um meio no qual existe a presença de moléculas d’água juntamente com o oxigênio ou tons de hidrogênio.
Não se deve confundir o fenômeno químico da corrosão com os fenômenos físicos da cavitação e abrasão.
Corrosão química: É resultado principalmente do ataque de oxigênio presente na água ao ferro de que são construídas as camisas do cilindro, dando origem ao óxido de ferro ou a ferrugem.
A corrosão química também é acelerada por utilização de água não tratada, com substâncias corrosivas presentes, corno água ácida ou alcalina ou ainda pela falta de inibidores de corrosão recomendadas pela montadora/fabricante do motor ou falhas de vedação no sistema de arrefecimento do motor.
Corrosão eletrolítica ou eletrólise: Resulta da composição química do metal devido a ação de pequenas correntes elétricas que surgem quando dois metais diferentes, como ferro e o cobre entram em contato com a água. Esta corrente elétrica, apesar de fraca, com o tempo acaba atacando as paredes externas da camisa de cilindro.
Formação de escamas: Estas escamas se formam devido a minerais contidos na água não tratada para o sistema de arrefecimento do motor, que vão se depositando por sobre as paredes externas dos cilindros. Quando aquecidas, as escamas acabam por formar uma barreira térmica, criando os chamados pontos quentes, causadores de escoriações, desgastes na parede interna dos cilindros.
Cavitação (fenômeno físico): As camisas, durante o funcionamento do motor, são submetidas a pulsações, que são consequências da combustão e mistura ar/combustível no seu interior. Após passada a expansão dos gases, as paredes do cilindro voltam às suas dimensões normais, ocorrendo em um espaço de tempo muito curto, a água do sistema não tem tempo suficiente para preencher de imediato o espaço criado, originando minúsculas bolhas de vácuo que, ao implodirem junto a parede da camisa, arranca-lhe pequenas partículas de metal, perfurando-as.
MANUNTENÇÃO PREVENTIVA: Manter em condições normais de funcionamento e compatível com o projeto do motor todos os componentes do sistema de arrefecimento (tampa do reservatório e/ou radiador, mangueiras, mangotes, válvula termostática, válvula pressostática, bomba d’água etc.).
Utilizar sempre aditivos inibidores de corrosão e cavitação, de alta condutividade térmica e baixa condutividade elétrica, bem como inibidores de ressecamento das mangueiras.
Manter sempre o nível de água do reservatório/radiador. Quando houver necessidade de completar o nível d’água do sistema, seguir especificações do fabricante quanto a quantidade e proporção de aditivo a ser aplicado.
Prever periodicamente as condições de acidez e alcalinidade da água de reabastecimento do sistema de arrefecimento, não a utilizando quando não estiver tratada pois certamente terá a presença de substâncias corrosivas que fatalmente irão acelerar a redução da vida útil destes componentes do motor.
CONCLUSÃO: Com novas tecnologias embarcadas, elevou-se a temperatura de funcionamento dos motores a picos elevados. Visando aumentar a vida útil com redução dos desgastes de seus componentes, novas ligas metálicas foram inseridas e novos materiais passam a compor o sistema de arrefecimento de motores. Paralelamente com o gerenciamento eletrônico do moto, qualquer mudança na sua temperatura altera a quantidade de combustível injetado e o ponto de ignição. Portanto torna-se obrigatório a utilização de protetor para o sistema de arrefecimento, onde este passa a funcionar de forma plena e em conformidade com seu projeto original, tornando-se principal item do sistema, é o único que permanece em contato com todos os demais componentes, pois sua aplicação permite que o motor trabalhe na temperatura ideal, tendo assim maior durabilidade, menor desgaste, emitindo menos poluentes e aumentando seu desempenho.
Uma das formas de se evitar problemas com corrosões no sistema de arrefecimento dos motores é utilizando um bom protetor, realizar testes de acompanhamento, manutenções periódicas e mantendo seus componentes em pleno funcionamento, uma vez que o sistema sem manutenção p.e trazer prejuízos não apenas por corrosão, mas também por outros aspectos de perdas de grande importância do motor.
— Normas que regulamentam tipos e percentual de concentração do aditivo aplicado no liquido de arrefecimento. ABNT/ NBR 13705 (1996), ABNT/ NBR 15297 (2005/2006), ABNT/ NBR 14884 (2006), ABNT/ NBR 14261 (Ano 1998), ABNT/NBR 15663 (Sistema de Arrefecimento).